Com o isolamento no qual todos estamos vivendo, a convivência familiar de pais separados com seus filhos tem sido alvo de constantes conflitos e desarmonias.
Neste já complicado cenário de pandemia, pais e mães deveriam empreender os seus melhores esforços para preservarem os filhos de suas diferenças.
Contrário a este ideal, muitos genitores, em desequilíbrio com seus sentimentos, descarregam os tormentos de que são vítimas, naqueles que, indefesos, deveriam ser alvo apenas de afeto e amor, desencadeando um processo de desmoralização do outro genitor a ponto de aliená-lo da vida do filho.
Diante desses fatores de desequilíbrio, a alienação parental irrompe no seio familiar convidando as mentes humanas à reflexão.
O ato de alienação oriunda de quem tem a criança sob sua autoridade, chegando ao ponto de a criança rejeitar o(a) genitor(a) alienado e seus familiares, usando justificativas frívolas e banais para não estar na companhia daquele pai ou mãe.
Ocorre que neste momento de pandemia, o confinamento para crianças que já sofrem alienação parental acaba se tornando mais grave, em virtude da diminuição da conivência com o (a) genitor (a) alienado.
Assim, a decisão de manter a criança apenas com quem ele mora, sem poder conviver com o outro genitor é torna-se um risco, pois são reais as chances de não mais se conseguir reverter o quadro de alienação intensificada no período de confinamento.
Neste momento, todos os esforços devem ser empreendidos pelo(a) genitor(a) alienado(a), de forma a estar presente na vida da criança, mantendo-se a convivência já fixada judicialmente e intensificando a presença online, através de vídeos chamadas, facetime, ligações etc., desde que sempre respeitadas as recomendações das autoridades sanitárias.
Não é momento de alteração na forma da guarda já fixada, é hora de diálogo e demonstração de afeto.
Não é momento de provar a alienação, mas de prevenir e insistir na convivência.
Não é momento de culpar a “justiça”, mas entender que o Judiciário não tem condições de atender todos os pedidos e também está tentando solucionar essas novas demandas.
Caso você pai ou mãe se sinta vítima de alienação parental, saiba que o melhor remédio é a convivência e o afeto.
São suas demonstrações de amor e carinho que irão acalmar os conflitos existentes no coração do seu filho.
Não se irrite e nem tente desmenti-lo. Tenha paciência. Saiba que ele está repetindo informações infundadas recebidas do(a) outro(a) genitor(a).
Apenas o abrace e se faça presente.
Faça seu filho entender que ele pode contar com você.
Seja seu porto seguro.
Não é hora de desistir.
E saiba: não existe mal que vença o amor.