Eu sei que falar sobre família parece algo fora de moda num mundo com tantas novidades, onde tudo e todos estão conectados, onde o estar perto é substituído pelo estar online.
E eu sei, também, que a Família, base de toda a organização social, vem sendo combatida e desestimulada. Só que mesmo alguns achando que é possível a sociedade prescindir sem ela, uma coisa é fato, não existe um núcleo tão acolhedor e afetuoso como a “nossa” família.
Na verdade, o núcleo familiar vive na atualidade uma dinâmica conflitiva, sofrendo o peso das relações líquidas, os reveses da cultura do descartável, da intolerância, do individualismo, e tentando buscar um equilíbrio no meio da turbulência.
E ao contrário do que muitos pensam, advogar na seara do Direito das Famílias não é contribuir para o fim do núcleo familiar, muito pelo contrário, é auxiliar para que aquelas pessoas possam seguir, mesmo que por caminhos diversos, mais fortes e curadas para, quem sabe, constituírem uma nova família, cada um a sua maneira e com suas histórias. É, acima de tudo, valorizar a importância de pais e mães na construção de um mundo melhor.
A família é uma instituição em constante movimento e não deixará de existir, sabe por quê? Porque as relações familiares são permeadas pelo amor e afeto, apesar de todos os obstáculos que enfrentam.
E é na singularidade de cada lar, onde desenvolvemos nosso sentido de pertencimento, onde encontramos histórias de esperança, solidariedade, conquistas. É onde aprendemos a conjugar os verbos perdoar, cooperar, refletir, meditar, reparar e AMAR.
Cada um de nós tem um papel na construção de um ambiente familiar mais saudável. Valorize sua família!